19/09/2013
A Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol - FENAPAF deu por encerrada no data de ontem (18 de setembro) as conversações com a CBF a respeito das férias dos atletas de futebol profissional.
Mesmo com a Fenapaf conseguindo através de uma difícil negociação chegar aos 24 dias de férias entre o final do campeonato brasileiro da primeira divisão e o início dos campeonatos estaduais, e mais 10 dias no intervalo da Copa do Mundo (ganho de 4 dias no período completo), não houve concordância dos futebolistas que insistiram no período conquistado judicialmente em 2004 pelo sindicato de São Paulo - Sapesp, ou seja, os 30 dias ininterruptos.
A negociação partiu de uma primeira proposta da CBF que dividia o período em 17 dias no primeiro recesso mais treze dias no período da Copa. Depois, chegou-se a vinte dias mais treze, e por fim, aos 24 dias mais dez dias durante a Copa do Mundo. Essa proposta final, aliás, foi feita por alguns futebolistas ouvidos pelos sindicatos, mas não aceita por todos.
A Fenapaf se empenhou na intermediação do acordo porque, diante de seu dever legal, sabe nas condições diferentes e atípicas que virão com a organização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Consciente de seu papel em buscar soluções plausíveis para os problemas do setor, o empenho somente ocorreu porque vislumbra que questões mais complicadas poderão se suceder.
Sempre reiterando que os sindicatos e a Fenapaf somente são intermediários das negociações e que assumem a autoridade de definir acordos após a autorização expressa dos atletas. E foi exatamente por esse motivo que decidiu dar por encerrada as negociações, os futebolistas - a sua maioria- não aceitava o período que a CBF dava como possível.
O entendimento dos atletas se baseava na insatisfação da remarcação dos jogos ocorridas esse ano.
Desta feita, a Fenapaf, diante da posição da maioria dos atletas profissionais e sem condição se seguir negociando pôs um fim na negociação em oficio enviado ontem à CBF.
Mesmo não chegando a definição do acordo, a Fenapaf encerra a questão com o sentimento da certeza do dever cumprido. Agora, resta aos clubes resolverem a situação diretamente com os futebolistas no âmbito interno.
Qualquer insatisfação dos atletas profissionais concernentes à questão somente se resolverão caso eles procurem os sindicatos estaduais e lhes outorgue as procurações para o ajuizamento das ações judiciais cabíveis. A Fenapaf e os sindicatos estaduais continuam à disposição.
Rinaldo Martorelli – Presidente da Fenapaf
