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FENAPAF repudia desrespeito aos atletas do PIAUÍ E.C.

Matéria publicada no GloboEsporte.com/pi relata absurdo caso de desrespeito ao atleta profissional de futebol no Estado do Piauí.

O portal safern.com entrevistou o presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol-FENAPAF, Felipe Augusto Leite, que demonstrou muita preocupação com o episódio:

“Estou muito angustiado com o que se passa com os atletas do Piauí, apesar de termos um Sindicato local bastante atuante. Conversei com o presidente Vasconcelos que garantiu levar o assunto ao Ministério Público Federal do Trabalho diante da gravidade do problema gerado à coletividade de trabalhadores. É inadmissível que tenhamos clubes de futebol no Brasil que ainda desrespeitam o básico da legislação trabalhista. Repudiamos o fato e não admitimos mais que se conceda licença para um clube que se diz empregador, sem garantir as mínimas condições de trabalho, saúde e segurança ao atleta”.

 

Felipe(foto) ainda apontou que esse tipo de clube não gera emprego mas um grave problema social:

“Os atletas ficam sendo enganados com um posto de trabalho desumano, criminoso, que gera uma falsa perspectiva de futuro e que aumenta as estatísticas do desemprego no Ministério do Trabalho, desajustes familiares, problemas psicológicos, pobreza, criminalidade e endividamento da previdência social”.

E concluiu: “Iremos tratar desse assunto com o governo federal e as entidades de administração. Precisamos criar mecanismos para frear esses abusos. Caçar o direito de disputar competições à clubes irresponsáveis é uma proposição que será posta em debate pela FENAPAF.

Não podemos calar”.

Segue matéria

Em crise, time come arroz gelado e mortadela antes de jogo: “Desumano”

Jogadores relatam drama com 2 meses de salários atrasados e creem que racha
entre diretores desencadeou crise. Equipe recebeu R$ 100 para entrar em campo

 

Líder do returno do campeonato estadual, com 100% de aproveitamento, o Piauí vive uma crise enquanto disputa uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. Em excelente momento dentro de campo, o Enxuga Rato passa por um ambiente interno conturbado. O clube rubro-anil está com dois meses de salários atrasados, segundo os jogadores, e não treina desde a última quarta-feira em sinal de protesto. E a insatisfação do elenco não se restringe às folhas em débito. A estrutura, principalmente a comida, é alvo de reclamações. Um dos lanches dados na véspera de uma partida do torneio foi arroz gelado com mortadela, de acordo com o relato dos atletas. Para jogar no último sábado, na vitória em cima do Parnahyba, o time recebeu R$ 100. A diretoria financeira negou com veemência as denúncias do time e afirmou que a quitação dos vencimentos é prioridade.
 

Felipe(foto) ainda apontou que esse tipo de clube não gera emprego mas um grave problema social:

“Os atletas ficam sendo enganados com um posto de trabalho desumano, criminoso, que gera uma falsa perspectiva de futuro e que aumenta as estatísticas do desemprego no Ministério do Trabalho, desajustes familiares, problemas psicológicos, pobreza, criminalidade e endividamento da previdência social”.

E concluiu: “Iremos tratar desse assunto com o governo federal e as entidades de administração. Precisamos criar mecanismos para frear esses abusos. Caçar o direito de disputar competições à clubes irresponsáveis é uma proposição que será posta em debate pela FENAPAF.

Não podemos calar”.

Segue matéria

Em crise, time come arroz gelado e mortadela antes de jogo: “Desumano”

Jogadores relatam drama com 2 meses de salários atrasados e creem que racha
entre diretores desencadeou crise. Equipe recebeu R$ 100 para entrar em campo

 

Líder do returno do campeonato estadual, com 100% de aproveitamento, o Piauí vive uma crise enquanto disputa uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. Em excelente momento dentro de campo, o Enxuga Rato passa por um ambiente interno conturbado. O clube rubro-anil está com dois meses de salários atrasados, segundo os jogadores, e não treina desde a última quarta-feira em sinal de protesto. E a insatisfação do elenco não se restringe às folhas em débito. A estrutura, principalmente a comida, é alvo de reclamações. Um dos lanches dados na véspera de uma partida do torneio foi arroz gelado com mortadela, de acordo com o relato dos atletas. Para jogar no último sábado, na vitória em cima do Parnahyba, o time recebeu R$ 100. A diretoria financeira negou com veemência as denúncias do time e afirmou que a quitação dos vencimentos é prioridade. 

Jogadores do Piauí, Piauí x Parnahyba (Foto: Joana D'arc Cardoso)

Em boa fase no estadual, jogadores do Piauí denunciam más condições de alimentação (Foto: Joana D’arc Cardoso)

– Complicado uma situação dessas. A pior coisa é ser pai de família, ouvir seu filho querendo comprar alguma coisa e você, sem nenhum dinheiro, falar a ele que não pode comprar. Me pergunto o motivo de aguentarmos essa situação, somos homens e honramos o nosso trabalho, deve ser por isso. Se fechar, seria pior… Resolvemos, então, fazer greve e não treinamos na semana. Aqui tem jogador que não tem comida, não existe suplemento alimentar. Às vezes, não tem dinheiro para comprar sabonete. Falta tudo, isso não é um time profissional – revelou um dos jogadores o Piauí.

Para não ter que pagar despesas com hospedagens, o clube decidiu fazer viagens nos dias de jogo. Na estreia do returno do Piauiense, contra o Picos, o time saiu de Teresina no começo da tarde, enfrentou pouco mais de 300km de estrada e chegou a menos de uma hora do início da partida no estádio Helvídio Nunes. Jogou, venceu por 2 a 1 e retornou na madrugada de volta.
 

Jogador revela comida oferecida pelo Piauí antes de partida do estadual. 

– Desumano. Estamos viajando no mesmo dia, foi assim a Parnaíba (330km) e Floriano (234Km). No caminho de Picos, fomos com fome, comemos um pão de forma, um sanduíche no meio da estrada. À noite, na véspera de um jogo, foi dado no lanche arroz frio e mortadela. Remédio é o próprio jogador que compra. Não tem campo para fazer coletivo porque o mato toma de conta, não tem ninguém para cortar – narra outro jogador.
 

Jogadores exibem vale de R$ 100 recebido antes do jogo contra o Parnahyba pelo Piauiense 

De acordo com relatos, os rubro-anis receberam uma vale de R$ 150 no mês de fevereiro e, depois, um outro no valor de R$ 300.

– Jogadores não têm carteira assinada. Recebemos no fim de semana R$ 100 para jogar. Chegou a nosso extremo. Já recebemos pouco – alguns com um salário mínimo – e precisamos do que é nosso. Os jogadores têm medo de falar, de serem mandados embora, tem medo da repressão. Fazer futebol assim é brincadeira – comentou um atleta.

Um racha entre diretores é o motivo contado pelos jogadores para a situação ter chegado a esse ponto. O clube não tinha dinheiro para participar do Campeonato Piuiense, mas recebeu apoio de um grupo investidor para pôr o time no estadual. A queda de braço entre esses lados acentua ainda mais a crise, e os atletas se queixam que não sabem a quem recorrer.

Piauí vence o Parnahyba, assume a liderança do returno e acumula dois meses de atraso na folha (Foto: Moacir Neto)

– Há uma briga política. Chega ao ponto de um diretor dizer que só paga quando o presidente deixar o cargo. Ligamos para o diretor financeiro cobrando os salários, e o diretor disse que temos que ligar era para o presidente. Não queremos mais conversa, só queremos o nosso dinheiro. Só ficam nos enrolando, prometendo, estão acabando com os atletas… – revelou um atleta do clube após a vitória por 2 a 1 sobre o Parnahyba.

A vitória na rodada passada emocionou o time rubro-anil. O goleiro Lucas Paulista foi às lágrimasna entrevista coletiva ao relembrar a semana delicada vivida no centro de treinamentos.

Procurado pela reportagem, o diretor financeiro do Enxuga Rato, Pedro Evano, negou as condições precárias de alimentação dos 16 jogadores alojados no CT da Usina Santana, zona Sudeste de Teresina.

– Não procede. Alimentação tem toda semana. São R$ 1500 de alimentação para compra todo domingo. São 16 jogadores alojados e todos eles têm alimentação normal. Com relação à alimentação, não vamos deixar eles passarem necessidade. Mas as condições de trabalho estão normais. O problema mesmo é só o salário, que é um mês e meio atrasados. Março venceu agora. A gente pagou janeiro e metade de fevereiro. Então, temos uma folha e meia em aberto – detalhou.

Ainda de acordo com o dirigente, o pagamento dos vencimentos está condicionado a um repasse prometido pelo Governo do Estado aos clubes.

– Não tem nenhuma previsão. Enquanto não sair esse repasse do governo… Governo prometeu a todos os clubes, mas ainda não saiu. O processo está na procuradoria do estado, aguardando parecer. Os salários são prioridade.

 
 

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Endereço: Praça Bruno de Menezes, 54
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