REDAÇÃO SAPESP
Após a confirmação da EUROPOL (Polícia européia) sobre a manipulação de aproximadamente 380 jogos em 15 países, a FIFPro, através de seu secretário-geral, Theo van Seggelen, manifestou-se com tristeza sobre o envolvimento de atletas em esquemas fraudulentos. O dirigente classificou os "manipuladores" como pertencentes ao crime organizado.
"A investigação mostra que a situação é ainda pior do que eu pensava", declarou Theo van Seggelen, que participou da conferência de imprensa da Europol. "Até mesmo na Copa do Mundo e Europa, em jogos de alta qualificação, estão envolvidos, bem como jogos da Champions League. Isso é muito sério. Este crime é realmente organizado."
A investigação pela Europol divulgou provas da influência corruptora no futebol profissional do crime organizado. Um total de 425 árbitros, dirigentes, jogadores e criminosos graves de mais de 15 países são suspeitos de estar envolvidos em tentativas de manipular mais de 380 jogos de futebol profissional. Além disso, outras 300 partidas suspeitas foram identificadas fora da Europa, principalmente na África, Ásia, América do Sul e Central. Todos os jogos em questão foram realizados entre 2008 e 2011.
"Muitas vezes já me disseram que a manipulação de resultados não é iniciada por futebolistas profissionais. A Investigação da Europol está em sintonia com a experiência da FIFPro: combinação de resultados começa pelo crime organizado e não com futebolistas profissionais. A manipulação nunca começa com o jogador. ", cravou o dirigente.
Futebolistas são vítimas, enfatizou Friedhelm Althans, investigador chefe da Polícia de Bochum, na Alemanha, durante a conferência. Esta situação leva a grandes perdas financeiras não só para as associações de jogadores e provedores de apostas, mas também para jogadores individuais." Ele mencionou ainda a perda de emprego dos atletas devido ao aumento das dívidas dos clubes com eliminações ou até mesmo rebaixamentos.