Incentivado por denúncias do Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Estado do Rio Grande do Norte (Safern), o SBT exibiu nesta quarta-feira, 28, uma reportagem sobre as irregularidades trabalhistas e a falta de profissionalismo dos clubes potiguares com os atletas.
 

Com raras exceções, notadamente ABC e América, clubes potiguares têm colocado em risco a vida dos atletas ao não disponibilizarem médicos e equipamentos indispensáveis à segurança deles durante treinos e partidas.  
 

"É obrigação dos clubes garantir a segurança dos atletas durante o exercício da profissão. São atletas de alto rendimento e o futebol é um esporte que exige esforço intenso e de resultado. Sem um médico para acompanhá-los no dia-dia e nos jogos, há risco iminente de vida", afirma Felipe Augusto Leite, presidente do sindicato local e também da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol - FENAPAF.
 

Vale lembrar que em 2013, quando atuava pelo Potiguar de Mossoró-RN, Neto Maranhão (29) sofreu uma parada cardiorrespiratória durante um treinamento e veio ao óbito. 
 

Para que casos como este não repitam-se, Felipe Augusto garante que a Federação dos Atletas está atenta. 

"Inaceitável o que vimos em alguns clubes pelo Brasil que insistem em afrontar o direito ao trabalho sadio e digno. Péssimos exemplos não podem continuar e as instituições responsáveis pelo futebol brasileiro precisam contribuir com a FENAPAF nesta cobrança de profissionalismo, concluiu Felipe.