Juan fez uma análise das possíveis mudanças no futebol brasileiro. Disse que
imprensa, dirigentes, jogadores, treinador e direitores-executivos precisam caminhar
para o mesmo lado em busca de mais qualidade no país. As duas propostas do Bom Senso
são a mudança de calendário e a implantação do Fair Play Financeiro.
- Ficamos muito tranquilos sobre essa parte, porque foi uma bandeira que a gente
levantou no passado. Bem antes da Copa do Mundo. O que acontece para a Seleção é a
última coisa que importa. É uma coisa à parte. Principalmente as coisas que defende
no Bom Senso, para o começo do debate, que seria tanto o calendário quanto o Fair
Play. Queremos que seja colocado imediatamente, para começar a moralizar o que vem
acontecendo de errado. Não é só o Bom Senso que tem que defender, são as pessoas que
gostam do futebol. Treinadores, executivos, vocês da imprensa, todo mundo junto.
Mudar a cara do futebol, não da seleção. Não precisou de Bom Senso na Alemanha -
disse Juan.
Na visão do zagueiro, que jogou na Alemanha de 2002 a 2007, no Bayer Leverkusen, não
é necessário seguir diretamente o mesmo plano feito pela Alemanha. Há que se pinçar
o que funcionou em outros países e implantar a gestão diferenciada no futebol
brasileiro. O defensor também disse que a CBF precisa dar mais espaço ao Bom Senso,
ao ser perguntado sobre quem "não rema" para o mesmo lado no futebol brasileiro.
- Fica difícil falar hoje. Acho que temos batido na tecla que os jogadores estão
abertos à conversa. Falo do Bom Senso principalmente, que representa muitos
jogadores. Queremos dar nossa contribuição. Acho que, hoje, pelo fato de não ser
ouvido pela CBF, é um impasse que não deveria ter. A intenção é ajudar e colocar
fatos que vivemos diariamente, que vemos companheiros de times menores que reclamam
muito para a gente. Queríamos que tivesse mais abertura em contato com a CBF para
expor nossas opiniões, para tentar ajudar de uma maneira que o futebol seja melhor -
opinou o camisa 4 colorado.
Depois do vexame da Seleção Brasileira, o técnico Luiz Felipe Scolari e sua comissão
técnica acabou sem o contrato renovado. Ainda não se tem a confirmação de quem será
escolhido pela CBF.