Não podemos desconsiderar que o futebol não se desenvolve mais sem grandes injeções de recursos financeiros, porém o modelo atual mostrou a fragilidade que abriu brechas para todos os desmandos vistos.
Temos que voltar a essência do futebol onde os jogadores e clubes eram o que mais importava. De nossa parte nunca aceitamos que os direitos fundamentais dos jogadores fossem desrespeitados, mas muitas vezes ficamos sozinhos nessa defesa.
Deixemos claro que tal atitude não significa fragilizar os clubes, exatamente pelo contrário, os clubes também foram e continuam sendo violentados. E violentados por gente cujo interesse somente o ganho financeiro não se importando com os resultados funestos deixados pra trás.
Situações como aprovações de leis que violam os direitos dos futebolistas, sentenças judiciais que permitem a supressão de direitos indisponíveis, a escolha do Catar como sede de um mundial, etc. e toda a sorte de atitudes que fragilizam a relação de trabalho existente no futebol com base somente nos ganhos financeiros levaram o esporte mais amado do planeta, ao que se denomina mundialmente de péssima governança ou para nós de gestão irresponsável.
Assim e para buscar de volta a boa governança entendemos que a participação da representação dos jogadores é ponto fundamental no processo.
No Brasil, finalmente, começamos a fazê-lo de maneira muito responsável através da gestão perseverante e eficiente da Fenapaf.
Esperamos que em nível mundial que a FIFPro - Federação Internacional de Futebolistas Profissionais também possa ser definitivamente inserida no contexto.
Queremos que o futebol volte a ser mais importante do que o negócio, embora necessitemos dele, somente assim poderemos resgatar o respeito que esse esporte já teve um dia.
Rinaldo Martorelli Presidente Fenapaf