Após morte do meia Neto Maranhão, Safern pede a Ministério do Trabalho que campeonato comece após a regularização dos jogadores
Após a morte do jogador Neto Maranhão, vítima de ataque cárdio-respiratório nesta quarta-feira, o Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Rio Grande do Norte (Safern) fez um pedido formal ao Ministério Público do Trabalho para impedir o início do Campeonato Potiguar de 2013, marcado para o próximo domingo. De acordo com o sindicato, o atleta não tinha a carteira de trabalho assinada, nem seguro de vida.
A direção do clube confirmou que Neto não fez testes cardiológicos antes de começar a treinar. Todos esses critérios seriam obrigações contratuais, que, por não serem cumpridas, justificariam o cancelamento temporário do campeonato.
"Daí, coloca-se este Sindicato para sugerir sejam aviadas as competentes diligências objetivando evitar outros infortúnios, na medida em que espera seja IMEDIATAMENTE adiado o início do Campeonato Estadual de Futebol Profissional que se dará no próximo dia 13 de janeiro, domingo que vêm, até que todas as obrigações contratuais (assinaturas das CTPS, exames médicos, etc...) sejam fielmente respeitadas, e comprovadas perante o Parquet, por cada um dos 10 clubes participantes da competição", diz o pedido sindical.
Para Felipe Augusto, presidente do Safern, não seria necessário chegar a essa última instância, caso o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) fosse cumprido pelos clubes e pela Federação Norte-rio-grandense de Futebol. Segundo ele, é uma prática comum dos clubes potiguares manterem seus atletas na informalidade.
- São 400 atletas que vivem na informalidade. Eles não fazem nem exame admissional. Os clubes não têm médicos à disposição. Os estádio não têm desfibrilador. Nada é profissional. Vão morrer mais jogadores! Na pior das hipóteses, adia-se o começo do campeonato - avalia o advogado, que espera uma atitude urgente da promotoria, cujo procurado-chefe está de férias.
O presidente da FNF, José Vanildo, ressaltou que o contrato de trabalho firmado entre os clubes e a entidade obedeceu todas as normas de legalidade, e acha pouco provável que a competição seja suspensa.
- Respeito a posição, mas ninguém pode apreciar de forma geral um fato isolado. O que aconteceu no Potiguar não é motivo de se estender a terceiros. Como o sindicato pode pressupor isso? É um fato inédito no estado, e adotar uma medida extrema causa prejuízos irreparáveis - declarou o presidente ao GLOBOESPORTE.COM, que garante estar amparado caso o MT procure a FNF.
Fonte: Globoesporte.com