por Das Agências
O presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Flávio Zveiter, confirmou que o pedido do Palmeiras de impugnação da partida contra o Internacional, será julgado no dia 8 deste mês, em sessão do pleno, às 11h.
O Verdão fez o pedido por conta de um gol anulado do argentino Barcos, aos 16 minutos do segundo tempo. Em um primeiro momento, o árbitro Francisco Carlos do Nascimento, junto com seus auxiliares, validou a jogada, mas voltou atrás na decisão minutos depois.
O principal argumento do clube paulista é que Gerson Baluta, delegado da partida, teria tido acesso a informações externas, através de um repórter, sobre o lance em que Barcos havia tocado com a mão na bola para empatar o jogo (2 a 2).
O Palmeiras também questiona a interferência do próprio delegado, o que não poderia acontecer. Com a anulação do gol, o Inter ficou com a vitória por 2 a 1, no Beira-Rio.
Com o resultado pendente no STJD, o Internacional segue com os pontos, mas a CBF decidiu colocar um asterisco na classificação até que haja um veredicto.
A decisão sobre a anulação ou não da partida será tomada na quinta-feira. O Pleno do STJD contra com nove auditores.
Especialistas consideram legítima a decisão do Palmeiras, mas acham que dificilmente o clube terá ganho de causa e que outro jogo seja marcado. Eles avaliam que a decisão de se realizar julgamento é cabível e que existe a chance de o clube poder mostrar que houve interferência externa.
“A Fifa diz que não pode (usar tecnologia externa na arbitragem). Se o Palmeiras conseguir comprovar que a reversão foi dada por uma interferência externa, tem condições de sair vitorioso”, disse Rinaldo José Martorelli, pós-graduado em Direito Esportivo e vice-presidente da comissão de direitos esportivos da OAB de São Paulo.
O mestre e professor de Direito Esportivo em Belo Horizonte Gustavo Lopes Pires de Souza, segue o mesmo raciocínio. “Pelas regras do futebol e da International Board, somente árbitro e auxiliares podem participar da decisão. Se a moda pega, os clubes poderiam criar pequenos postos de TV nos quatro cantos do campo. E se tiver lances polêmicos a seu favor, eles avisam os outros árbitros. Olha o precedente que estamos abrindo” destacou. (das Agências)